16 de set. de 2011

Colhendo frutos



Professor Roberto colhe resultados
Olá, pessoal,
Sou o professor de Química e Física, Roberto Monteiro, atualmente trabalhando em 3 escolas da rede estadual no município de baixo Guandu, Dr Jones dos Santos Neves (EJA), José Damasceno Filho (Ensino Médio Regular) e Maria Helena Stein (Ensino Médio Regular), Conto com apoio das pedagogas Lenira Zandomenico e Lucinete Fisher, da coordenadora Janete Corona  e da ASE Fabíola Natali, exponho aqui parte dos resultados frutos do meu trabalho neste ano letivo nas 13 turmas para as quais leciono.
Tudo começa quando passei a me questionar sobre os resultados de trabalhos feitos em anos anteriores, percebendo a necessidade de maior colaboração por parte dos alunos. Observei que a grande maioria dos alunos não tinha motivação alguma para os temas desenvolvidos nas aulas, tratando os trabalhos pedidos somente como mero compromisso para obter pontuação mínima nas minhas disciplinas. Alguns alunos apenas se apropriavam de cópias, não dando a menor importância nem ao quê copiavam. Outros sequer se identificavam,  nem o próprio nome completo colocavam, trocando-o até mesmo por apelidos.  Faziam dos trabalhos uma verdadeira salada de "desconhecimento.
Diante do diagnóstico anterior, resolvi rever minha prática para motivar os alunos a melhorar os resultados. Salientei a importância do conhecimento das normas dos trabalhos acadêmicos. Uma aula no Lied ajudou no trabalho de pesquisa,  seguido de uma roda de conversa sobre as descobertas. A partir daí criamos as nossas normas que implicam em prazos, aprofundamento do tema na própria sala de aula, abolindo a entrega de trabalhos em folhas de cadernos com motivos, dentre outras. Neste momento percebi interesse e envolvimento dos alunos. Propus então que o tema partisse do próprio interesse deles.  
Daí surgiu o interesse pela relação entre o estudo dos Átomos e a fabricação de alimentos como   “O processo de produção do chocolate” e "O processo de produção do refrigerante". Com os temas escolhidos e aprovados pela maioria,  as regras determinadas, foi dado a partida. Dentre pesquisas e leituras nos materiais de apoio como livros didáticos, paradidáticos, revistas e outros, a internet no Laboratório de Informática das escolas, contribuiu de forma relevante para o aprofundamento do conteúdo. O interesse e a motivação dos alunos ficou expressa nas perguntas e questionamentos que faziam à medida que as dúvidas iam surgindo. A pesquisa na internet possibilitou aos alunos, além da leitura, a visualização de imagens. Incentivei aqueles alunos que habitualmente usam internet em casa, que explorassem mais o tema, assistindo pequenos vídeos. Indiquei sites e leituras em outros documentos antes de passar o que aprenderam para o papel. No dia da entrega, aproximadamente 96% dos alunos entregaram o trabalho em dia, e os que atrasaram só o fizeram por haver um motivo de força maior.

No momento do debate,  numa roda de conversa, deixei bem claro para eles, os alunos,  que aquele dia era o dia em que não iria ensinar, mas sim aprender. Seria o dia de agir e  interagir  com o tema, mostrar pontos relevantes, frisar a importância de fábricas de alimentos na sociedade, do emprego de conhecimento de Química e Física no ambiente de trabalho. O objetivo nesse momento era além de explorar o lado profissional do aluno, ajudar aqueles com dificuldade de entendimento; levá-lo a vincular o ensino de Química e Física administrado em sala de aula com o "lado de fora da escola", como conhecimento útil; conduzi-lo à percepção de que o conhecimento da Química e da Física não se dá apenas através de prova-caderno-trabalho, mas que se trata de um mundo de conhecimentos e pré requisitos que inclusive leva-os a obter bons empregos no nosso estado. Assim eles realizaram de forma brilhante um rico debate sobre os novos conhecimentos na área de Química.
Com muito entusiasmo, muitos alunos disseram que “- Agora eu sei como a Química está presente no chocolate e outros os alimentos”. A aluna Joeslaine do 2º Ano da EJA, da Escola Dr. Jones dos Santo Neves, assim como muitos alunos das outras 12 turmas, reivindicaram ao professor uma visita à fábrica Garoto em Vila Velha (ES), demonstrando interesse pelo real resultado do trabalho realizado.
Levei a reivindicação dos alunos à pedagoga Lenira, e o assunto está sendo estudado pela equipe técnica da escola.
A Pedagoga Lenira acompanhou passo a passo as aulas na Escola Dr Jones dos Santos Neves, fotografando momentos dos alunos no Lied, na biblioteca, entrevistando os alunos, dando todo o suporte com livros fornecidos pela Secretaria Estadual de Educação, e ainda vive salientando a importância de estudos mais dinâmicos e interativos por parte do aluno.
Fica aqui os meus agradecimentos aos colegas de trabalho pelo apoio dado e aos meus alunos por terem me proporcionado momentos ímpar de aprendizagem.
Roberto Monteiro peixoto
Professor

12 de ago. de 2011

Informática auxilia aulas para jovens e adultos


As aulas de Matemática da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Jones dos Santos Neves, em Baixo Guandu, passaram a contar com o auxílio da Informática e da Internet para facilitar o aprendizado dos alunos.
As aulas desenvolvidas no laboratório pelo professor Paulo Alex Dummer contextualizam os conteúdos aplicados em sala de aula. “A Matemática é muitas vezes temida pelos alunos. Com a utilização dessas ferramentas, que são mais descontraídas, podemos trabalhar o conteúdo de forma prática, desmistificando esse certo pavor pela matéria”, diz.


O professor acredita que com o uso da Informática nas aulas de Matemática também é possível trabalhar a inclusão digital, conhecer novas tecnologias e, principalmente, perceber a aplicabilidade do conteúdo no dia a dia. “Muitos alunos trabalham em comércio e outras atividades, então podem lá mesmo executar a elaboração de planilhas e conhecerem as fórmulas e não apenas os resultados”, destaca.

A troca de conhecimento e informação entre os alunos e a experiência adquirida pelo professor e pelos estudantes é destacada pelo docente. “A experiência no laboratório foi muito boa e proveitosa. O curso de capacitação ‘Mídias na Educação’, oferecido pela Sedu, abriu muitos horizontes com exemplos e ideias boas para trabalhar”, ressalta.




Publicado em:
11/08/2011 - 08:40
Texto: Letícia Bazet
Assessoria de Comunicação/Sedu 
Rovena Storch/ Aline Nunes/ Karolina Gazoni 

7 de ago. de 2011

Internet auxilia alunos da EJA no estudo de Química

Os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Estadual Doutor Jones dos Santos Neves, localizada em Baixo Guandu, estão ampliando seus conhecimentos das aulas de Química com o auxilio do laboratório de Informática da unidade.

O trabalho, coordenado pelo professor Roberto Monteiro, aborda o conteúdo de estrutura dos átomos e é uma das propostas do livro ‘Viver e Aprender’, adotado para atender às especificidades da EJA, contribuindo para potencializar as práticas e ações pedagógicas do professor e ampliar os conhecimentos dos alunos.

Durante as atividades, o professor utiliza os recursos da Internet para estimular a pesquisa sobre conceitos químicos nas etapas de produção de alimentos como chocolate, refrigerante, além de alguns aspectos a respeito da evolução das ideias sobre o átomo desde a antiguidade até os dias atuais.

Roberto destaca que a utilização da Internet torna conteúdos considerados difíceis, como o estudo da Física, Matemática e Química, mais divertidos e facilita a compreensão. “A diversidade de sites possibilita aos estudantes terem um grande número de informações sobre determinado tema e, durante as atividades, foi possível tirar dúvidas e curiosidades que em sala de aula muitas vezes não surgiam”, frisa o professor.



Texto: Maria da Glória Sarmento
Assessoria de Comunicação/Sedu




21 de abr. de 2011

Divulgando novo blog

Lógico que a cada momento surgem uma diversidade de blogs nessa blogsosfera. Esta postagem é dedicada à divulgação de um blog novinho, com poucos dias de atividade, mas já demonstrando características de que vai "bombar" . É o Filósofos do Século XXI de um grupo de alunos da 1ª série do Ensino Médio. Visitem, comentem, incentivem, os meninos estão dando show logo de cara. As primeiras postagens e o designer é do aluno Weslei Will. Vale a pena conferir o trabalho desses alunos. 

20 de abr. de 2011

Leituras... Releituras...

Encontrei este artigo publicado no blog Filosofia, postado por Sérgio Biagi Gregório, em 2008.

O texto é bem atual. Uma boa dica de leitura.

Educar para o Futuro

Como definir o futuro? Ele está perto ou distante? O futuro a Deus pertence? Deve-se educar apenas os jovens? E os adultos? Alvin Toffler, em O Choque do Futuro e Aprendendo para o Futuro, descortina-nos novos horizontes acerca deste tema. Ele diz: “Anteriormente os homens estudavam o passado para lançar luz sobre o presente. Inverti o espelho do tempo, convencido de que uma imagem coerente do futuro também pode nos fornecer uma infinidade de enfoques valiosos do presente”.

educação do futuro deve versar sobre o questionamento e a tomada de consciência de si mesmo. Com isso, teremos que buscar novas fontes de informação, novos rumos para o nosso progresso moral e intelectual. O ser humano não poderá ficar na dependência do outro, inclusive de livros que ditam as normas e os procedimentos de como atuar em sociedade. A educação deve seguir o exemplo de Nietzsche, que orientava a todos os seus leitores a abandonar o livro, depois de lido, tornando-o dispensável como a comida que passa pelo nosso corpo.

O presente deve ser uma antevisão do futuro e não uma extensão do passado. No passado há paradigmas, que são modelos de pensamentos que nos serviram em um dado momento. Thomas Kuhn, em Estrutura das Revoluções Científicas, diz que os paradigmas não são corrigidos pela “ciência normal”; esta apenas identifica anomalias e crises. De acordo com Kuhn, a mudança de paradigma se dá por uma alteração abrupta, por um salto, por um insight. Em realidade, espelha mais uma nova visão de mundo, totalmente diferente daquela que perdurava até então.

Projetar imagens otimistas aos jovens e aos adultos. Se esboçarmos um mundo tenebroso, a criança vai se lançar ao mundo com essa visão. Como formar um mundo melhor se a nossa mente tem-no como pior? O cérebro – um poderoso reservatório de idéias e pensamentos – tem uma zona, denominada de subconsciente, em que guardamos as lembranças do passado. Se as imagens gravadas, na infância, são negativas, é possível que esta pessoa, na idade adulta, tenha uma visão também negativa do mundo.

Os filmes de efeitos especiais, como Matrix e, mais recentemente, oSpeed Racer, ajudam-nos a prever o futuro. O ser humano deve se preparar para se adaptar ao mundo dos computadores, da terceira dimensão, da velocidade, dos jogos de ação, pois é isso que está nos mostrando a realidade. Projetando ainda mais o uso da tecnologia, podemos imaginar o que se nos espera. É possível que não tenhamos capacidade de saber como se faz, como funcionam essas máquinas. Como, porém, negar a sua existência?

Para detectar os futuros possíveis e prováveis, podemos fazer um pequeno exercício. Suponha que você tenha saído com um barco e, já em alto mar, o motor falhe. Como voltar a terra? Idéia 1: chamar a Guarda Costeira pelo rádio. Não há rádio à bordo; idéia 2: remando. Não há remos; idéia 3: içando uma vela. Não há velas. Idéia 4: saltar do barco e empurrá-lo. Há tubarões no mar. Essas dificuldades obrigam-nos a pensar em uma nova solução, obrigam-nos a desenvolver o pensamento criativo.

Ninguém é uma ilha. Todos dependemos de todos. Esta postura de interdependência é muito útil para o futuro, pois o mundo se tornará cada vez mais globalizado.
São Paulo, 16/5/2008