do cárater comunicativo da escrita
Ao planejar atividades com o nome próprio deve-se fazê-lo a partir de uma abordagem que favoreça não só a análise do sistema de escrita, mas também a compreensão do cárater comunicativo da escrita.
Deve-se ainda ter em mente que o processo de alfabetização é complexo e depende de inúmeras varáveis e que, para que que o aluno aprenda a ler e escrever é preciso ter contato intenso com o universo da escrita.
O próprio nome constitui a peça-chave para entender a maneira pela qual funciona o sistema de escrita.
Nas atividades de sondagem o professor alfabetizador terá pistas para identificar as hipóteses linguísticas de seus alunos (do pré-silábico ao silábico alfabético) também chamados de níveis evolutivos, para avaliar as características da classe e, partindo dessa análise levantar os objetivos para o planejamento de seu trabalho pedagógico.
O planejamento das atividades poderá contemplar uma abordagem que favoreça os alunos a aprender por exemplo, a:
• diferenciar escrita de desenho;
• diferenciar letras de outros sinais gráficos;
• reconhecer o desenho das letras do alfabeto;
• nomear as letras do alfabeto;
• saber que o alfabeto é formado de vogais e consoantes;
• conhecer as letras do próprio nome;
• conhecer a quantidade de letras que compõem o próprio nome;
• reconhecer que as letras podem ser reunidas e combinadas em sílabas e começar a utilizar essa informação para refletir sobre o sistema de escrita;
• reconhecer que a quantidade de letras pode alterar o nome escrito;
• reconhecer que a ordem das letras pode alterar o nome escrito;
• reconhecer que algumas letras ("a" e "o"), por exemplo, servem para indicar o gênero ao qual o nome pode pertencer (masculino e feminino);
• saber que os nomes próprios compõem uma classe de palavras;
• saber que se usa letra maiúscula para se distinguir os nomes próprios de outras palavras.
Isso quer dizer que é trabalho para o ano inteiro. As atividades geralmente começam com uma escrita espontânea do nome próprio, "do jeito do aluno" e se amplia para o nome das coisas, o nome dos pais, o nome da rua, o nome do bairro, o nome da escola, do professor e dos colegas da turma... nesse caso a ordem como o conteúdo será trabalhado dependerá do planejamento de cada professor.
(Este é um apanhado de vários artigos sobre o trabalho com o nome próprio.)
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