Quando paramos para ouvir nossos alunos sobre a importância de aprender a ler e escrever temos que nos preparar para todo tipo de resposta. Com a minha turminha, na roda de conversa, o mais interessante foi o comportamento sério que eles adotaram para falar de um assunto tão sério. As respostas variaram entre "pra gente ficar mais inteligente", "pra gente poder ler os livros", pra gente poder trabalhar num bom emprego" e, como se trata de zona rural, Pedrinho, o único menino da sala, bateu na mesma tecla o tempo inteiro, pra ele "a gente precisa saber ler e ecrever pra quando for vender os bois os outros não passar a perna na gente e dá menos dinheiro" e, também " pra gente saber dar e receber troco". Tem sido muito interessante as reflexões tecidas sobre a escrita.
Um pouco mais dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos.
"SEM A CURIOSIDADE QUE ME MOVE, QUE ME INQUIETA, QUE ME INSERE NA BUSCA, NÃO APRENDO NEM ENSINO." (Paulo Freire)
24 de abr. de 2009
Sistemas de escrita IV
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3 comentários:
Bom dia, L. D. C. V. quarteto alfabetizador-letrador!
Acho espetacular ler as questões dos alunos da Terra, destaco também o dizer do menino que diz "a gente precisa saber ler e ecrever pra quando for vender os bois...". Quem mais traz a linguagem do lugar? Por aqui o que vimos observando é que são poucos os alunos da educação infantil e série iniciais que incluem o barco, o rio, a pesca em suas representações. Aparecem mais quando se faz alusão, faz parte de um tema. Por que será?
Mais do que ensiná-los a ler e a escrever as nossas palavras-mundo podemos sim, por estarmos a compreender o sentido cotidiano da educação ambiental, possibilitar a fluência de seus falares, sem que se sintam menores - cidadania menor - mas, que legitimem as coisas de seu lugar até pela questão do ecoturismo e não do turismo selvagem que traz no bojo o capitalismo extremo.
Onde estão seus costumes, seus falares, cantares e dançares? Há uma contraprodução... Questiono sempre sobre nosso lugar no lugar onde estamos. A Ilha é um lugar deles, mas, também é nosso, porém, somos representantes de outros lugares a fazê-los perceber a riqueza do "cadinho" onde estão.
Isso é amorosidade cidadã - respeito pelo espaço do outro, que tem voz e vez.
Assim a linguagem e o discurso nos possibilitam à compreensão e às "novas" aprendizagens.
Agradeço a oportunidade de repensar com esta postagem de vocês!
Maria do Rocio
Oi, Lenira!
Que encanto o Pedrinho!!
Com certeza a leitura e a escrita são bem significativas para ele!!!
Admiro teu trabalho!!!
Atuo em turmas do curso normal em nível médio e sempre menciono o Alfabetização em foco!
Estamos começando a blogar e já estás nos nossos favoritos!!!
Abraços!
Olá!!!
A quanto tempo não venho aqui!
Estava meio afastada, masa tô de volta!
Evou ver todas as novidades que perdi viu?
Bjs e até mais!
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