24 de ago. de 2008

ESCOLA - FAMÍLIA


A família "desestruturada" e/ou um novo agrupamento familiar

As estatísticas mostram que aumenta, o número de mulheres que são o "cabeça do casal", sendo as únicas responsáveis pela família e/ou provedoras da maior parte do orçamento doméstico. Sabemos que famílias da camada popular costumam congregar, numa pequena área construída, também os avós, tios, sobrinhos, etc.

É importante (re)conhecer um novo conceito trabalhado nas pesquisas atuais: é o que denuncia o modelo nuclear de família - pai, mãe, filhos - como norma, como definidor da família, o que não corresponde mais à realidade social e o pior, tem servido para considerar como "desorganizadas" as famílias que não correspondem a essa forma de organização dominante e simbólica na sociedade. Assim, não se pode continuar pensando num único modelo de família, pois os outros podem ser rotulados por nós como estranhos, desorganizados e problemáticos, precisando até mesmo de tratamento. Acontece que a família parece estar-se reestruturando, organizando-se em novas estruturas, e não necessariamente caminhando na direção da desestruturação.

Todos nós conhecemos famílias em que a separação dos pais não, necessariamente, levou a traumas nos filhos, mas em alguns casos em um verdadeiro alívio para esses, que viviam num constante estado de tensão em seu ambiente familiar.


Fonte: Escola-família: Encontros, desencontros e reencontros
Maria Cristina Fellet Guimarães


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